Testes confirmatórios para análise forense do sêmen
O estudo dos fluidos seminais em uma investigação criminal visa a identificação do agressor e a confirmação do ato libidinoso que, na maioria das vezes, ocorre sem consentimento da vítima.
Por isso é fundamental preservar todas as provas que possam ser utilizadas para caracterizar o sêmen ou o conteúdo à base de espermatozoide. Sendo assim, o perito deve ser capaz de prever os possíveis vestígios que mostrarão essas provas.
Após a coleta de possíveis evidências na cena do crime, é preciso usar testes confirmatórios que analisem com precisão a presença de sêmen e caracterize o culpado. Para que isso aconteça, é fundamental selecionar a técnica mais adequada.
Se você ainda não conhece os principais testes confirmatórios para análise forense do sêmen, fique por aqui e descubra! Aproveite a leitura!
Constituição do sêmen
O sêmen é constituído de um grande número de espermatozoides e do plasma seminal. Quando está em sua formação normal, apresenta-se como um líquido espesso, branco opalino e levemente alcalino.
Na ocasião da ejaculação, o homem expulsa uma quantidade significativa desse líquido durante o ato sexual ou quando manipula o pênis isoladamente, e após alguns minutos, o sêmen resseca.
Assim sendo, o perito deve examinar os possíveis lugares onde o sêmen escorreu, seja nas partes íntimas da vítima, nas vestimentas ou mesmo em objetos e móveis espalhados pelo recinto.
Análise do vestígio do sêmen
Após a coleta dessa prova biológica, o perito deve preservar o material para não gerar interpretações inconclusivas. Nesse casos, as roupas com suspeitas de traço seminal não podem ser amassadas ou friccionadas para não viabilizar a presença do espermatozoide.
A avaliação da presença de espermatozoide é a prova irrefutável das evidências seminais, por isso as técnicas incluem desde a fotodocumentação até a utilização de fontes de luz auxiliares para facilitar a visualização.
Após essa análise, serão requeridos os testes presuntivos ou confirmatórios. Nos primeiros, destacam-se os métodos físicos, de reações enzimáticas ou por meio dos diversos tipos de cromatografia.
Testes confirmatórios do sêmen
Os testes confirmatórios, por sua vez, são aqueles nos quais haverá a identificação do agente agressor. Para tanto, essas técnicas devem ser as mais específicas e sensíveis e não deixar dúvidas quanto à caracterização do suspeito.
Nesse contexto, os método incluem exame a fresco e colorações, tais como May Grunwald , Giemsa e Azul de Loefler, Christma Tress, que por meio das mudança bioquímicas revelam a identidade do suspeito.
As metodologias imunológicas incluem exames de PSA e Teste p30, enquanto as técnicas de biologia molecular podem caracterizar o DNA do agente criminoso. Outros testes laboratoriais desenvolvidos por fabricantes específicos para essa finalidade também são recomendados.
A análise forense do sêmen é uma estratégia importante para revelar e diferenciar os principais suspeitos pelos atos sexuais cometidos. Nessa situação, são estudados testes presuntivos e confirmatórios, esses últimos com uma diversidade de técnicias que apontam com maior certeza a identidade do suspeito.
Para tanto, caberá ao perito selecionar e conservar adequadamente as provas biológicas, realizar os exames com perícia correta e armazenar uma parte da amostra para casos de contra-prova.
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